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Wagner pede a deputados R$ 65 mi para reforma no Castro Alves

Visando garantir prioridade para pedidos de recursos do governo baiano na chamada emenda de bancada, aquela que é subscrita coletivamente pelos deputados e senadores do Estado, o governador Jaques Wagner promoveu hoje uma reunião com os parlamentares em Brasília na qual apresentou uma planilha com pleitos para assegurar recursos da ordem de R$ 500 mi no orçamento federal do ano que vem, alguns dos quais para obras cuja construção, segundo deputados de oposição, teriam sido anunciados na campanha eleitoral do ano passado.

Entre os pedidos, estão R$ 60 mi para a construção da ponte de Ilhéus, R$ 60 mi para a construção do Aeroporto de Conquista, R$ 20 mi para o Plano Diretor da Baía de Todos os Santos, uma espécie de preparativo para a construção da ponte Salvador-Itaparica, e – o que teria surpreendido a oposição e a situação -, R$ 65 mi para uma reforma no Teatro Castro Alves. Durante o encontro, a senadora Lídice da Mata (PSB) defendeu que a emenda de bancada contemplasse a destinação de recursos para uma requalificação do Centro Histórico, levando em conta a realização da Copa de 2014.

Chefe da Casa Civil do prefeito João Henrique (PP), João Leão, que também é deputado federal, aproveitou o encontro para solicitar à bancada apoio a pleitos da Prefeitura de Salvador, envolvendo recursos para terminar o metrô – segundo ele, só há previsto no orçamento do ano que vem R$ 39 mi para as obras – e asfaltar a cidade. Apesar de ser oposição ao governo estadual, o deputado estadual Lúcio Vieira Lima (PMDB) participou da reunião e deixou o encontro ironizando os pleitos apresentados pelo governador.

“Eu não sabia que obras que Wagner anunciou na campanha política estavam dependendo de recursos a serem alocados, por meio de emendas, ao orçamento federal do ano que vem, o que, segundo palavras do próprio governador, é uma espécie de barro na parede”, criticou o peemedebista, que assegurou que alguns deputados, ele incluído, também ficaram intrigados com o pedido de recursos para a reforma do Castro Alves. “Com R$ 65 milhões, se duvida que o governo queira fazer uma reforma. Parece mais interessado em colocar o equipamento abaixo para construir outro no lugar”, ironizou.